Nesta última semana tive a honra de participar como orador convidado na 51.ª Conferência Mundial da IFTDO (International Federation of Training and Development Organization), realizada em Jacarta, capital da Indonésia.

Os conteúdos apresentados foram brilhantes e actuais: inovação, inteligência artificial e o futuro das organizações na era digital. A troca de conhecimentos sobre como a IA pode transformar a Gestão de Pessoas e criar ambientes mais eficientes e inspiradores foi verdadeiramente estimulante.

No entanto, o que mais me tocou e ficará gravado na minha memória foi algo simples, mas profundamente poderoso: os sorrisos genuínos dos indonésios.

Durante toda a conferência que decorreu em três dias completos, cada pequena interacção, cada momento, no hotel, nos táxis, no aeroporto ou nas ruas, foi marcada por sorrisos autênticos. Não eram sorrisos de simples simpatia, nem meramente turísticos. Eram sorrisos que falavam, acolhiam, conectavam, transmitindo empatia e respeito.

Um jovem à porta do WC, ao me receber com um sorriso suave, uma leve inclinação de cabeça e a mão no peito, demonstrava que, ali, naquele instante, eu era genuinamente bem-vindo. Mas, também transmitia que o seu propósito não era um simples “empregado de limpeza”, mas fazer com que cada visitante se sentisse verdadeiramente especial… Cada café e chá que ia buscar, cada troca de olhares, cada gesto silencioso carregava essa energia de acolhimento com autenticidade e tinha sempre em troca… um poderoso sorriso!

E foi aí que a minha aquisição de conhecimento se aprofundou: enquanto as máquinas e a inteligência artificial podem desempenhar tarefas, automatizar processos e até substituir muitos aspectos operacionais, elas não podem substituir uma coisa fundamental — a verdadeira emoção, a empatia sincera expressa através de um (simples??)  sorriso.

Durante esses três dias, sob o título “O Futuro das Pessoas e Organizações Adaptativas na Era Digital”, uma conclusão ficou absolutamente clara para mim: as máquinas podem fazer quase tudo por nós, mas há uma magia que só os seres humanos podem oferecer — a capacidade de transmitir emoções simples, mas poderosas, que criam conexão, confiança e lealdade.

O sorriso é essa linguagem universal que transcende barreiras culturais, idiomas e tecnologias. Um sorriso genuíno diz: “Eu importo”, “És importante”, “Estamos juntos”. E, mais do que isso: ele tem o poder de transformar ambientes, fortalecer equipas e (verdadeiramente) humanizar a Gestão de Pessoas.

No presente e no futuro das organizações, os líderes que entenderem o potencial de um sorriso verdadeiro terão uma vantagem incomparável. Porque, num mundo cada vez mais digital, a emoção autêntica — aquela que nasce de um coração aberto — será a maior diferenciação na construção de lugares de trabalho verdadeiramente humanos.

Deixemos que o sorriso seja a nossa ponte para conexões mais profundas, mais humanas, mais verdadeiras. Porque, no final do dia, nenhuma tecnologia consegue substituir a magia de um sorriso que vem do coração.

Bora sorrir mais?

 

Leia a publicação original aqui.